segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Método Champenoise



A elaboração de um champagne ou espumante se diferencia pelo método usado, podendo ele se chamar Método Charmat ou Método Champenoise, este podendo ser usado somente na região de Champagne (França), ou Método Tradicional para espumantes feitos pelo mesmo método aplicado na região de Champagne, porém produzidos no resto do mundo.

A elaboração do champagne ou espumante é praticamente a mesma usada para a produção de um vinho tranqüilo, a diferença começa apartir da hora em que se faz o corte para a elaboração. Pois é, apartir daí que cabe ao enólogo testar os diferentes vinhos produzidos para fazer a assemblage ou corte.

Definido o corte o processo da segunda fermentação se dá ou em tanques de aço inoxidável (método charmat) ou dentro da própria garrafa (método champenoise).

Ao adicionar o liqueur de tirage, composto por cerca de 25 gramas de açúcar e leveduras especiais , proporcionando uma segunda fermentação que irá liberar gás carbônico, o qual será aprisionado passando a se champagnizar. O que ocorre é que ao aprisionar este gás ele chegará até 6 quilos de pressão, fazendo com que muitas vezes as garrafas estourem quando feito pelo método tradicional. Quando o vinho é tirado das grandes cubas de aço, que são as mais usadas atualmente, ele será colocado nas garrafas para iniciar o prise de mousse, ou seja, o processo de gaseificação. Feito isto a garrafa é fechada com uma tampa metálica, e a garrafa irá permanecer por um período de no mínimo um ano em prateleiras especiais, chamadas de pupitres, e serão giradas diariamente por um responsável chamado remueurs; com isso faremos com que os sedimentos de células mortas que se formaram na segunda fermentação, se depositem no gargalo. Depois de determinado período essas garrafas terão de serem abertas para a remoção desse depósito, processo conhecido como dégorgement, onde é feito um resfriamento do gargalo a menos 20 graus, congelando este sedimento.

Depois de congelado o sedimento, a garrafa será aberta para a retirada do mesmo. Neste momento será definido o estilo de champagne/espumante que se pretende fazer, pois ao preencher a garrafa com o liqueur d’expédition, que nada mais é que um champagne ou espumante da mesma cuvée, geralmente misturado com açúcar de cana, tornando o espumante/champagne, brut, meio-seco, seco ou doce. Além da classificação decorrente da quantidade de açúcar adicionada, existem outras categorias que classificarão a bebida, tais como não millesimé, que é o mais comum, ou seja, não há
indicação no rótulo do ano da safra, pois os vinhos de corte poderão ser de diferentes safras; millesimé, quando a bebida é feita com o vinho de uma única safra, constando no rótulo o ano desta. Até as cuveés de luxo, bem mais caras.

Concluído o processo do estilo da bebida, a garrafa será arrolhada. Neste momento entra a rolha de cortiça, e esta será presa por uma gaiola metálica, e a garrafa será etiquetada.

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