quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tiquinho de Brasil


VIAGEM AO BRASIL
Foto: Arquivo pessoal 
Recentemente fiz uma viagem que há muito tempo queria realizar.
O lugar almejado foi a região Norte do Brasil, mais precisamente a cidade de Belém, que fica no estado do Pará e Manaus que fica no Amazonas, e é claro aproveitei para adentrar um pouco na floresta amazônica.
Motivo desta viagem além de gastronômica foi tentar descobrir esse pedaço de Brasil tão pouco conhecido por nós brasileiros. E como de esperado vi coisas incríveis desse povo, de sua cultura, crenças, coisas maravilhosas sobre sua alimentação e seus modos de fazer. Únicos!
As riquezas naturais e intocadas ainda pelo homem fazem deste lugar uma fonte inesgotável de pesquisas e saberes que ainda precisamos desvendar.
Podemos afirmar que possuímos em nossas terras uma valiosa cultura que se encontra tão longe de nossos olhos que dá até surpresa de saber que tantos estrangeiros que por lá já passaram suas férias, sabem mais profundamente sobre nós, do que nós mesmos!
A região Norte é muito extensa, cheia de peculiaridades e curiosidades. Seus rios de água doce nos encantam só de vê-los pois são de tanta grandeza e beleza! Seus frutos, principalmente os peixes que neles habitam daria para matar a fome do mundo! Excêntricos em tudo, na forma, nos sabores, em seus tamanhos que chegam a ser verdadeiros animais pré-históricos, nos alimentam com tanta pureza de sabor.
Inúmeras são as técnicas de preparo herdadas dos povos indígenas, nossos ancestrais que ainda lutam para sobreviver no meio de tanta hipocrisia humana.
Os frutos que nascem por lá, não encontramos muitas vezes por aqui, assim frescos, belos, únicos, cheirosos, apetitosos e que só nós temos, e ainda não sabemos!
Iguarias que impressionam qualquer paladar pelo seu exotismo. Estamos sim, no Brasil, Brasil brasileiro. Por isso compartilho aqui com vocês leitores um pouco desses encantos gastronômicos que tive o prazer de degustar por lá.
Sejam curiosos e atentos quando oportunidades como estas se apresentem para vocês.
Cito agora alguns pratos e iguarias típicas dessa região que me encantaram.
 Maniçoba- Este emblemático prato da região Norte, que certamente só iremos degustar nestas paragens, é uma espécie de feijoada, é isso mesmo. Porém sua aparência pouca atrativa nos indica algo que teremos que entender antes o processo de elaboração para que possamos apreciar da melhor maneira. As folhas da mandioca brava são colhidas, e em seguida são moídas, logo são levadas para um longo cozimento para que o ácido cianídrico vá embora, não deixando nenhum risco para quem for consumir. Este ácido é um veneno que pode matar!!!  Aos poucos são introduzidas todas as carnes que são usadas em uma feijoada tradicional. Amei este prato, que para mim representa muito bem a cultura indígena do nosso Brasil.
 Pirarucu-  Um dos maiores peixes de água doce que podemos apreciar, seu berço a Amazônia. É possível degustá-lo por aqui. Lá é fresquinho, uma delícia! Feito de todas as formas possíveis, inclusive o encontramos na forma seca, salgado e defumado. É considerado o bacalhau brasileiro. Sua coloração é avermelhada e seu tamanho chega a 2 metros tranquilamente de comprimento, seu peso é de um homem robusto. Imagine pescar este enorme peixe? O melhor é já tê-lo assim, a nossa disposição para criarmos alguma receita a altura de sua grandeza.       
Filhote-  Outro peixe magnífico de nossas águas. Peixe de couro, sua carne é branquinha e sua textura é muito firme, Quando adulto ele se chama Piraíba. É encontrado por aqui também, e só quem já degustou sabe a delícia que é.
 Tacacá- Esta sopa quentíssima, servida em belas cuias, que se pode tomar a qualquer hora do dia. Lá o pessoal tem o hábito diário de degustá-lo às cinco da tarde. É a hora eleita pelo povo do Norte. Na sua composição muito rica, leva camarão seco salgado, tucupi, goma de tapioca, pimenta de cheiro e como ingrediente mais exótico o famoso jambu. Erva que ao ser consumida causa enorme dormência em nosso paladar. Conhecida também como agrião-do-pará. Sua planta apresenta lindas florzinhas amarelas que quando mastigadas provocam uma dormência ainda maior.   
Aviú- E esse camarãozinho tão diminuto, mas tão saboroso que é usado de diversas formas na composição de inúmeros pratos. Vem de água doce também, e é tão pequenino que é difícil acharmos que seja um tipo de camarão, ele mede cerca de 3 cm de comprimento. Quando tiver oportunidade deguste-o sem medo, pois vale muito à pena.
 Taperebá- Não poderia deixar de citar algumas frutas que só é possível encontrar por lá, assim in natura, onde a natureza é abençoada. O taperebá é conhecido também pelo nome de cajá. Fruta ácida, sua casca é amarelo-ouro da cor da bandeira do Brasil. Apesar de ser muito ácida esta fruta me encanta. Este fruto é usado na forma de sorvetes, sucos, compotas e geléias. Aqui é mais comum encontrarmos em polpa. Uma delícia!
 Açai- E para finalizar este texto fecho com chave de ouro! Com vocês o açaí, fruto do açaizeiro, que é uma palmeira nativa da Amazônia, que também se extrai o palmito. Essa pequena frutinha de cor arroxeada, quase negra, é de um valor riquíssima tanto nutricionalmente quanto comercialmente nessa região do Brasil. O suco extraído é espesso e muito cremoso, é consumido em sucos, sorvetes, e em diversos preparos de sobremesas, pode ser adoçado com açúcar e pode-se acrescentar farinha de tapioca. Lá é consumido com peixe, isso mesmo. Uma delícia sem igual que ainda é pouco conhecido por nós uma vez que este comercializado por aqui, pouco lembra o original.

Espero que gostem, pois o Brasil é original em tudo.

Por Eire Rosado
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Como fazer o pedido? Ceviche...

COMO FAZER O PEDIDO?

CEVICHE, CEBICHE OU SEVICHE

Foto: Carol Gherardi

Ambas as pronuncias escritas estão corretas para essa iguaria da América do Sul, mais especificamente da cozinha peruana e equatoriana, porém o Chile esbanja em seus cardápios, inúmeras opções do mesmo. Isso se deve a proximidade com o mar, pois esta iguaria além de ser muito apreciada, pode ser feita de vários tipos de peixes, assim como frutos do mar como o camarão.


O Ceviche é um prato que é basicamente servido cru, onde o peixe é cozido através de uma marinada em fundo ácido, o exemplo mais usado é o suco de limão, que faz com que haja uma mudança de cor e amaciamento da proteína. Esta acidez reserva uma parte muito importante neste processo, ou seja, ela reage fazendo com que micro-organismos sejam evitados, pois o ceviche não passa por calor.
Agrega-se inúmeros ingredientes para compor este prato, pimentas variadas, salsa, cebolinha, coentro, tomate, alho, gengibre,...aqui a criatividade do chef fica solta, podendo criar coisas realmente inusitadas e fazendo sua releitura de acordo com seu país ou região de origem.
Podem entrar frutas, e porque não? O abacate é uma fruta muito usada nestas cozinhas e compõe muito bem; a manga traz ao prato um toque de doçura essencial, pois estamos falando de um prato que têm como característica a acidez.
Outro ingrediente muito usado na composição do ceviche é o milho, isso mesmo. O milho é um das heranças que a América possui, por isso é tão bem vindo também. Afinal nestas paragens podemos ver a sua presença em quase tudo.
O tomate é muito presente também trazendo certa acidez e cor a preparação, sendo este muito produzido na América.
Outro ponto bacana de citar é que o Peru país onde o ceviche mostra grande glamour, a influência que aqui fez história, foram dos povos chineses e japoneses, vai ver que o povo japonês trouxe na bagagem das descobertas sua herança em comer peixes crus e adaptou a este país usando apenas acidez?
O frescor dos produtos provindos do mar, Oceano Pacífico, garante qualidade inigualável, podendo ser apreciado sem medo principalmente o ceviche que para muitos gera certo desconforto por saber que o ingrediente principal só passou por um meio ácido para ser cozido. E como não poderíamos deixar de falar com o que se pode degustar o ceviche!
Lá vai! A bebida mais degustada com este prato rico em acidez e muitas vezes elevada picância é a cerveja, que para eles é a bebida ideal para acompanhar.
Então me diga como resistir?


CEVICHE TROPICAL
Ingredientes:

Para a Salsa:

·        150 gramas de manga cortada em cubos pequenos
·        150 gramas de papaia cortada em cubos pequenos
·        100 gramas de pepino japonês cortado em cubos pequenos
·        150 gramas de tomate Débora sem pele e sem sementes cortados em cubos pequenos
·        30 gramas de cebolinha cortada em lâminas finas (somente a parte branca)
·        30 ml de suco de limão Tahiti
·        01 dente de alho micro picado
·        05 gramas de gengibre fresco ralado
·        03 gramas de cominho em pó
·        30 gramas de coentro fresco picado
·        Folhas de salsa crespa
·        Sal refinado quanto baste

Para o Peixe:

·        Pimenta preta do reino moída na hora quanto baste
·        400 gramas de peixe branco de sua preferência cortado em cubos médios (fresco)
·        10 ml de azeite extra virgem
·        50 ml de suco de limão Tahiti
·        Sal refinado quanto baste
·         
Modo de Preparo:

1.     Misture todos os ingredientes da salsa, e leve para gelar por 30 minutos.
2.     Tempere os cubos de peixe com sal, pimenta moída na hora, suco de limão e o azeite.

Montagem:

Em um recipiente disponha uma camada da salsa fria e em cima disponha uma porção do peixe em cubos previamente marinado. Decore com a salsa crespa.

Sirva imediatamente

sexta-feira, 1 de março de 2013

FRUTAS EXÓTICAS



MANGABA

Fruto da mangabeira, de formato arredondado, comestível, de coloração
amarela. Sua polpa é carnuda e de cor branca, muito doce  e de um perfume incrível!
Pode ser consumido “in natura”, na forma de refrescos, doces ou sorvete. Farto em nosso litoral nordestino.

CAJÁ

Fruto do cajazeiro, Também é conhecido por taperebá ou cajá-mirim. Parente do cacau, pois apresenta castanha semelhante.
Seu tamanho é pequeno, semelhante a uma ameixa, sua casca é de um tom de amarelo, pendendo para ouro. Fruto que apresenta muita acidez, é encontrado “in natura”, e pode ser utilizado para a confecção de sorvetes, refrescos, compotas, geleias, e com este fruto se faz um delicioso licor, muito utilizado na Amazônia.

CUPUAÇU

Fruto natural da Amazônia, que em tupi-guarani quer dizer “grande”, sendo nossos índios grandes comedores desse fruto na forma natural. Também parente do cacau, que por sua vez apresenta uma bebida semelhante ao nosso chocolate, só que nesta versão, se chama “cupulate”, que esta se tornando tão conhecido e apreciado.
Sua polpa é carnuda e muito aromática, muito apreciado por ter um teor de açúcar que agrada sem ser enjoativo. Ideal usá-lo para fazer doces em geral, refrescos, na forma de sorvete e compotas.

SORBET

Sorbet é um tipo de sorvete feito unicamente com suco de alguma fruta e açúcar.
Criado antes mesmo do sorvete, sua composição sempre agradou desde os primórdios, e que apesar de ser uma palavra francesa para designar esta delícia tão natural, este foi introduzido na França pela Catarina de Médicis ainda no século XVI.
Ideal para limpar o paladar entre pratos salgados, de um menu, ou simplesmente como sobremesa. Sua textura é bem diferente do sorvete pois na sua composição não entra leite, ou seja, gordura, é leve, refrescante e praticamente suas calorias se devem apenas ao açúcar usado na confecção.


Também conhecidas como Frutas Tropicais,

Temos aos montes!!!
  
E é aqui no Brasil, nestas paragens de fartura, exotismo e muitas histórias que atualmente encontramos o que há de mais exótico, diferente aos nossos olhos e paladares. Nestas terras de encantos e contrastes, que aparecem com tantas sutilezas seus frutos sob várias formas, cores, texturas, aromas e sabores, que demonstram através de seus exemplares, muita originalidade e grande essência.
O Brasil apresenta atualmente uma miscelânea de frutos que encantam a nós brasileiros e a quem chega de outros lugares longínquos, e para a surpresa de todos o que mais tem chamado a atenção são nossas frutas, ricas, exóticas, perfumadas e de grande versatilidade na cozinha, sendo estas apreciadas atualmente com grande facilidade, pois se encontram viajando na forma de polpas, aproximando seus gostos a tantos paladares. Esta riqueza que são as frutas exóticas ganharam o mundo, pois quando falamos delas, não podemos deixar de citar tantas outras que aqui aportaram e fazem parte de nossos paladares, muitas inclusive são de uma adaptabilidade incrível, não desejando nada para suas irmãs nascidas em outros continentes. Por isso talvez hoje já não as achamos mais tão “exóticas” assim, pois nos acostumamos com facilidade ao novo, e o Brasil tem essa riqueza de saber explorar ao máximo o que nos é ofertado. Aqui tudo acaba sendo farto.
E é no Brasil mais precisamente na região Norte que o consumo de frutas se destaca de uma forma surpreendente, afinal que seríamos nós sem eles, para trazer mais prazer aos nossos sentidos!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PIC NIC


Quem não teve vontade ainda de fazer um belo Pic Nic, rodeado de amigos, boa comida e de muito verde? Que jogue a primeira pedra!

Foto: Carol Gherardi
  
Pic Nic ou Piquenique, tanto faz ambos estão corretos, para os franceses o termo Pique-Nique se escreve assim já para os ingleses Pic Nic tem o mesmo objetivo que é um evento de entretenimento, voltado para ser curtido ao ar livre, na companhia de amigos, focando o lazer de desfrutar momentos de interação com a natureza. Para isso os lugares para serem realizados necessitam que sejam rodeados de campos, em uma floresta, em parques, e até mesmo na praia como fazem muitos os portugueses, e porque não?
A ideia é que esse momento seja compartilhado de alegria, onde inúmeros são os petiscos, belisquetes, iguarias a serem compartilhados pelo grupo, tudo regado a um bom vinho é claro, mas se não houver? Uum suco fresco atende impecavelmente bem.
O Pic Nic ou refeição ao ar-livre surgiu no século XVII, e seu objetivo era ter o contato com a natureza e a vida selvagem, hoje em dia esta cada vez mais difícil achar este lugar ideal, este que  já foi muito concretizado em inúmeras pinturas de renomados pintores, que buscavam inspiração junto a natureza. Sim porque o pic nic nos inspira, faz relaxar das tensões acumuladas,  de quebra podemos desfrutar deste momento degustando tantas coisas maravilhosas que foram confeccionadas muitas vezes pelos nossos melhores amigos.
Quer prazer maior do que estender uma bela tolha, geralmente xadrez na grama, abrir nossa cesta recheada de quitutes e apreciar a vida? Não têm preço!
Para isto a criatividade na composição do cardápio fica solta, onde entram desde os pequenos prazeres, como frutas frescas, tortas, sanduíches, queijos, salgados, pães variados, biscoitos, sucos frescos, água, vinhos, etc. Tudo muito fresco, tudo muito saudável, afinal compartilhar deste momento na companhia de quem amamos requer paciência para organizarmos a melhor data, local e o que iremos servir para agradar os paladares mais exigentes.
Agora o que não pode realmente faltar são: as formigas rodando em volta de nossas comidinhas, os pássaros sondando os pequenos farelos, pedacinhos de gostosuras.
Por isso por que não incluir na sua agenda uma saída para este pequeno prazer de vez em quando?
E quer mais? Deixo aqui uma delícia de receita para você confeccionar e levar em sua cesta de pic nic para ser apreciada com seus amigos.
Que tal uma deliciosa receita de quiche Lorraine?
Está pronto? Então vamos lá!


QUICHE LORRAINE

Ingredientes:

·        200 gramas de massa de quiche
·        60 gramas de bacon em peça cortado em cubos pequenos
·        30 gramas de queijo tipo gruyère ralado grosso
·        02 ovos tipo extra
·        110 ml de creme de leite fresco
·        Sal refinado – quanto baste
·        Pimenta do reino branca moída – quanto baste
·        Nos moscada em pó – quanto baste

Modo de Preparo:

  • Abra a massa em uma assadeira apropriada, faça pequenos furos no fundo da massa e pincele com um pouco de clara.
  • Asse a massa a 180ºC, para selar a superfície. Retire do forno e deixe esfriar.
  • Doure o bacon em uma frigideira até ficar crocante. Descarte a gordura e reserve.
  • Misture todos os ingredientes do recheio em um bowl com o auxílio de um batedor.
  •  Tempere com sal, pimenta branca e noz moscada.
  • Despeje o recheio na massa, apare as bordas (se necessário) e asse em forno pré- aquecido a 180ºC por aproximadamente 1 hora ou até que a quiche esteja firme e dourada.

DICA:
  •   O ideal deste prato é que agrada com muita facilidade e você pode transportar diretamente na fôrma, evitando assim que se quebre no transporte.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MAÇÃ


Foto: Carol Gherardi
Assim como a Branca de Neve caiu em tentação diante de uma maçã,
nós também estamos sujeitos a desmoronar diante de tantas variedades!

Maçã, fruta tão apreciada desde a flor da idade quando ainda nem tínhamos dentes para mordê-la.
Sua origem diz respeito ao continente europeu e asiático, porém atualmente esta fruta encantadora é vastamente cultivada ao redor do mundo.
Agora como saber escolher a maçã diante de tantas variedades?
Vamos lá, assim como inúmeros outros ingredientes, a maçã têm suas peculiaridades de acordo com seu tipo, sendo umas mais doces, outras mais ácidas, e assim por diante. Isso irá interferir diretamente na qualidade do que nós estamos pensando em fazer com ela.
Então lá vão algumas dicas para não errar na hora da escolha.

ü Maçã Gala – é muito doce; seu formato é redondo porém alongada, sua cor de um vermelho mais claro;
ü Maçã Golden – também é muito doce, porém sua cor é verde-amarelada. Seu formato é redondo, seu sabor é bem suave e sua casca é bem rija;
ü Maçã Fuji – esta apresenta maior acidez, seu formato é arredondado, sua casca é bem vermelha, porém rajada. Sua textura é média, e sua polpa é bem dura. Mas apesar de sua dureza é muito suculenta e contém alto teor de açúcar. Ideal para várias sobremesas que precisam ser assadas.
ü Maçã Granny Smith – esta é bem ácida, sua cor é de um verde brilhante, e seu formato é arredondado, sua polpa é branquinha e muito suculenta;
§  as maçãs que têm a coloração mais amarelada possuem polpa mais farinhentas.
ü Maçã Matsu – é muito ácida também, esta variedade é mais rara aqui no Brasil. Seu formato é oval, seu tamanho é bem maior que as anteriores. Sua cor varia de verde-amarelada ou simplesmente amarela. È muito saborosa.

O que precisamos estar atentos é que quanto maior doçura possuir a maçã escolhida, ideal será para ser consumida in natura, ou como recheios variados.
Já as de acidez maior prezam melhor para o preparo de purês, molhos, e chutneys, pois sendo elas mais ácidas, tendem a amolecer mais facilmente durante a cocção.
 Sua reação ao contato com o ar, faz com que elas escureçam, ou seja,
oxidam facilmente. Para sanar esta aparência pouco desejável, é conveniente deixá-las em água com algum ácido para que não sofram mudança de cor, neste sentido o suco de limão é o mais aconselhado.
E agora para encerrarmos este texto, que tal nos prepararmos para fazer um dos maiores clássicos da confeitaria francesa, que ao ser realizada a receita, esta deu errado, fazendo com que o erro se tornasse uma das sobremesas mais apreciadas ao redor do mundo, a Tarte Tatin das irmãs Tatin.

TARTE TATIN
Ingredientes:

  •  1,2 Kg de maçã Fuji
  •  40 gramas de manteiga integral sem sal
  •  60 gramas de açúcar refinado
  •  ½ fava de baunilha
  •  Suco de limão quanto baste
  •  Massa folhada quanto baste


Modo de Preparo:

  1. Descasque as maçãs. Retire as sementes, corte ao meio. Passe suco de limão para não escurecerem.
  2. Numa frigideira pequena espalhe toda a manteiga e sobre esta espalhe todo o açúcar.
  3. Disponha as maçãs sobre o açúcar, juntando-as bem, de forma a deixar o menor espaço possível entre elas, pois irão reduzir de tamanho durante a cocção.
  4. Com uma faca espalhe as sementes de baunilha sobre as maçãs, cubra e leve ao fogo médio, até que o líquido desprendido das maçãs alcance a borda da frigideira.
  5. Retire a tampa, baixe o fogo e deixe a calda reduzir até começar a caramelizar (leve dourado, cor âmbar).
  6. Retire do fogo e reserve.
  7. Com o auxílio de um rolo abra a massa folhada sobre uma superfície enfarinhada, num diâmetro 2 cm maior do que o diâmetro da frigideira.
  8. Cubra as maçãs com a massa e faça pequenos furos com um garfo.
  9. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus C por aproximadamente 20 minutos (até dourar a massa).
  10. Retire do forno e desenforme ainda morna.


DICA:
  •      Use a massa folhada industrializada, é mais fácil e atende perfeitamente bem.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FRENCH FRIES


FRENCH FRIES

 

Não sei o que significa, mas sou louco por “French Fries”

Porque complicar, se podemos facilitar dizendo simplesmente “Batata Frita”!
É talvez esteja faltando um pouquinho de conhecimento para entendermos certos termos e significados, hoje em dia tão comuns no nosso dia-a-dia, nos cardápios de restaurantes, etc,
A verdade é que o termo “French Fries” muito usado na América, principalmente na terra do Tio Sam, se deve ao fato de que a receita de batatas fritas entrou neste país em 1802, pelas mãos de nada mais nada menos que Thomas Jefferson, que a introduziu em seu país após uma de suas viagens para a França, por isso “french” para nos localizarmos na procedência deste prato tão consumido neste país, que febre entre os americanos, e se tornou a refeição americana por excelência na década de 50 junto com o hamburguer.
Com a batata podemos fazer praticamente tudo, sua versatilidade é imensa por isso é tão apreciada e consumida mundo afora, sem falar que dela, nada desperdiçamos.
Agora estou para ver um mortal que não se curve a uma boa porção de batatas fritas, assim bem quentinha, crocante e douradinha!
Existe um termo em francês, que mostra para a gente o formato ideal para apresentar esta iguaria, deixando a gente com mais água na boca. Este termo se chama “Bastonetes” ou para os adeptos do biquinho ao falar, “Bâtonets”!
Mas o que significa isso mesmo? Bâtonet ou Batonete,é um dos inúmeros cortes batizados pelos franceses para designar um padrão de corte, enriquecendo a apresentação com uniformidade e facilitando a cocção, pois se levarmos em consideração que se cortamos os ingredientes de forma padronizada, iremos ter uma cocção mais correta, evitando assim que pedaços fiquem crus, e outros fiquem muito cozidos. Por isso os franceses se superam ao mostrar que para termos um produto impecavelmente apresentado para nosso paladar é preciso respeitarmos um padrão de corte, facilitando assim o método de cocção para ser ideal.
Neste sentido “Bastonetes ou Bâtonets” nos mostram que para fazermos este corte precisamos respeitar o corte dando o seguinte formato, no caso aqui, a batata:
O corte será feito de forma longitudinal com 6 mm X 6mm X 5cm ou 6mm X 6mm X 6 cm cada pedaço. Parece difícil? Mas fica uma delícia!!!
Basta um pouquinho de treino e voilá, sua “french Fries” sairá magnifique!!!!
E que tal fazermos uma batata frita de forma profissional? Aquela que fica
douradinha, crocante e acima de tudo, MUITO APETITOSA?

Lápis e caneta na mão!
 
O termo para fritarmos nossa porção “magnifique” de batata se chama: Fritura por Imersão

 

 

BATATA FRITA POR IMERSÃO

 
Ingredientes:
 
·        250 gramas de batata Baraka (* tipo de batata ideal para fritura, pois contém menos água)
·        ½ litro de gordura vegetal hidrogenada
·        Sal refinado quanto baste

 Modo de Preparo:

 1.     Em uma panela adequada ou fritadeira limpa e seca, leve para aquecer a gordura hidrogenada a 120 graus C.
2.     Descasque e corte as batatas em “bastonetes” e reserve imersa em água fria.
(Isso fará com que fique muito crocante depois de frita. Você pode deixar elas cortadas imersas em água gelada na geladeira até a hora do preparo, isso fará com que elas não escureçam e garantirão uma fritura muito crocante).
3.     Quando a gordura estiver à 120 graus C, escorra e seque as batatas e leve para fritar até que estejam macias.
4.     Escorra e reserve-as.
5.     Aumente logo em seguida a temperatura da gordura para 180 graus C.
6.     Retorne com as batatas para fritar novamente aos poucos, até que fiquem bem douradinhas, e crocantes.
7.     Escorra as batatas com o auxílio de uma escumadeira sobre papel toalha. Salpique sal a gosto ainda quente.

DICA:

 ü Se preferir lave bem as batatas e frite-as com casca. Ficam uma delícia. Tornam-se mais rústicas!

 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FILÉ MIGNON


Tão macio e tão leve!

Foto: Carol Gherardi



De todas as carnes vermelhas, o filé-mignon se destaca pela sua maciez de textura, não é para menos, esta é a carne mais cara e talvez uma das mais nobres do boi. Mas o que a torna tão macia?
Esta peça de carne é tão apreciada por talvez, ser de fácil preparo, sem falar a rapidez com que fica pronta. Este rico pedaço se encontra no dorso do boi, e pode pesar até 2 Kg, de pura carne, onde os nervos, músculos, gordura ou osso são inexistentes. Por isso é tão apreciada, pois dela podemos fazer inúmeras preparações, onde o peso da peça dita o prato a ser degustado. Por exemplo: os cortes clássicos que encontramos especificados em um cardápio muitas vezes tem haver com o peso com que a carne foi porcionada, ou seja, se optar por um escalope, seu peso fica em torno de 80 gramas; o tournedo é um corte que considero de tamanho ideal para uma refeição, pois apresenta em torno de 120 gramas, porção ideal, pois geralmente teremos outros acompanhamentos que justificaram um belo prato. O medalhão outro corte muito solicitado em restaurantes pesa em torno de 200 a 220 gramas cada pedaço! Este é para aqueles que apreciam muito um bom pedaço de carne e estão diríamos assim mais famintos!
Agora para aqueles que estão no limite da fome, sedentos por um belo e pesado pedaço de carne, prefira o chateaubriand, aqui não deixa dúvidas, são para poucos, pois acredite, este corte chega a pesar em torno de 350 a 400 gramas de pura carne bovina, macia e suculenta! Isso com certeza irá matar sua vontade de comer carne por um tempo!
Mas se você comprou uma peça de filé mignon e não sabe o que irá fazer com as aparas? Que tal reservar estes pequenos pedaços para fazer o tão apreciado picadinho, ou se preferir preparar aquele belo e suculento strogonoff para o almoço ou jantar?
Ideias não faltam quanto o assunto é carne, ainda mais para nós brasileiros, carnívoros por natureza.
Mas o filé mignon apesar de ser assim, tão magnífico e apreciado por todos, têm uma peculiaridade, é uma carne que é pobre em sabor, isso mesmo, ela é rica em maciez, mas de sabor é muito carente, por isso a dica é fazer seu preparo de filé e apresentar com um belo molho para acompanhar, com isso você irá enaltecer ainda mais seu prato levando o que falta nesta carne ao extremo, ou melhor dizendo, ganharemos ainda mais pois teremos muito mais sabor e maciez em um único prato.
Ficou com água na boca?
Que tal preparar um belo medalhão de filé mignon bardeado com bacon?

Vamos lá, mão na massa!



MEDALHÃO DE FILÉ MIGNON BARDEADO

Ingredientes:

·        02 unidades de medalhão de filé mignon
·        03 fatias de bacon
·        Sal refinado quanto baste
·        Pimenta do reino moída na hora
·        10 gramas de manteiga clarificada

Você irá precisar de: 50 centímetros de barbante


Modo de Preparo:

1.     Bardear o medalhão com as fatias de bacon e prender com o barbante.
2.     Temperar o medalhão com sal e pimenta e saltear na manteiga clarificada até o ponto desejado.
3.     Retirar o medalhão e terminar o cozimento em forno pré-aquecido a 160 graus C, caso seja necessário.


Dica:

ü Bardeado é um termo que quer dizer, envolver uma peça de carne magra com gordura ou toucinho, neste caso entramos com o bacon para agregar gordura ao filé que é pobre tem baixíssima gordura em sua composição!
ü O ideal é acompanhar este prato com uma bela porção de fritas; um verdadeiro clássico!!!