quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FILÉ MIGNON


Tão macio e tão leve!

Foto: Carol Gherardi



De todas as carnes vermelhas, o filé-mignon se destaca pela sua maciez de textura, não é para menos, esta é a carne mais cara e talvez uma das mais nobres do boi. Mas o que a torna tão macia?
Esta peça de carne é tão apreciada por talvez, ser de fácil preparo, sem falar a rapidez com que fica pronta. Este rico pedaço se encontra no dorso do boi, e pode pesar até 2 Kg, de pura carne, onde os nervos, músculos, gordura ou osso são inexistentes. Por isso é tão apreciada, pois dela podemos fazer inúmeras preparações, onde o peso da peça dita o prato a ser degustado. Por exemplo: os cortes clássicos que encontramos especificados em um cardápio muitas vezes tem haver com o peso com que a carne foi porcionada, ou seja, se optar por um escalope, seu peso fica em torno de 80 gramas; o tournedo é um corte que considero de tamanho ideal para uma refeição, pois apresenta em torno de 120 gramas, porção ideal, pois geralmente teremos outros acompanhamentos que justificaram um belo prato. O medalhão outro corte muito solicitado em restaurantes pesa em torno de 200 a 220 gramas cada pedaço! Este é para aqueles que apreciam muito um bom pedaço de carne e estão diríamos assim mais famintos!
Agora para aqueles que estão no limite da fome, sedentos por um belo e pesado pedaço de carne, prefira o chateaubriand, aqui não deixa dúvidas, são para poucos, pois acredite, este corte chega a pesar em torno de 350 a 400 gramas de pura carne bovina, macia e suculenta! Isso com certeza irá matar sua vontade de comer carne por um tempo!
Mas se você comprou uma peça de filé mignon e não sabe o que irá fazer com as aparas? Que tal reservar estes pequenos pedaços para fazer o tão apreciado picadinho, ou se preferir preparar aquele belo e suculento strogonoff para o almoço ou jantar?
Ideias não faltam quanto o assunto é carne, ainda mais para nós brasileiros, carnívoros por natureza.
Mas o filé mignon apesar de ser assim, tão magnífico e apreciado por todos, têm uma peculiaridade, é uma carne que é pobre em sabor, isso mesmo, ela é rica em maciez, mas de sabor é muito carente, por isso a dica é fazer seu preparo de filé e apresentar com um belo molho para acompanhar, com isso você irá enaltecer ainda mais seu prato levando o que falta nesta carne ao extremo, ou melhor dizendo, ganharemos ainda mais pois teremos muito mais sabor e maciez em um único prato.
Ficou com água na boca?
Que tal preparar um belo medalhão de filé mignon bardeado com bacon?

Vamos lá, mão na massa!



MEDALHÃO DE FILÉ MIGNON BARDEADO

Ingredientes:

·        02 unidades de medalhão de filé mignon
·        03 fatias de bacon
·        Sal refinado quanto baste
·        Pimenta do reino moída na hora
·        10 gramas de manteiga clarificada

Você irá precisar de: 50 centímetros de barbante


Modo de Preparo:

1.     Bardear o medalhão com as fatias de bacon e prender com o barbante.
2.     Temperar o medalhão com sal e pimenta e saltear na manteiga clarificada até o ponto desejado.
3.     Retirar o medalhão e terminar o cozimento em forno pré-aquecido a 160 graus C, caso seja necessário.


Dica:

ü Bardeado é um termo que quer dizer, envolver uma peça de carne magra com gordura ou toucinho, neste caso entramos com o bacon para agregar gordura ao filé que é pobre tem baixíssima gordura em sua composição!
ü O ideal é acompanhar este prato com uma bela porção de fritas; um verdadeiro clássico!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

PSEUDÔNIMOS DA CACHAÇA




Cachaça, símbolo nacional, amada por inúmeros brasileiros e que não deixa dúvida, muito apreciada mundo afora.
Bebida carnavalesca que traduz nossa terra, pois é alegria, descontrai e enfeitiça desde o primeiro gole.
O Brasil tem nesta bebida um dos maiores trunfos desde os tempos em que aqui se instalaram nossos colonizadores e trabalhadores vindos do continente africano para fazer história, mesmo que a duras penas. Esta bebida sempre foi apreciada para aliviar as dores da alma, como combustível em dias de festa, tanto pura como na forma mais conhecida pelo mundo afora, a “caipirinha”.
Bebida para fortes, afinal sua graduação alcoólica não deixa a desejar. Seu paladar exige muito em se tratando de nuances, muito sutis.
Agora eu pergunto, sabemos realmente como pedir um copo dessa bebida Brasil afora? A cachaça é uma artista, em cada estado ela tem sua característica no modo de ser apreciada, bem como seus vários nomes batizados para traduzir essa bebida que ganha cada vez mais adeptos. Esses nomes lhe conferem intimidade e afetividade. Se tornando regionais.
Vamos lá, se você estiver passando por Alagoas, peça da seguinte forma:
·         Juçara; Jurupinga; ou Negrita;
Na Bahia, solicite pelos nomes:
·         Amorosa; Azeite, isso mesmo!!!; Caxixi, Crua, Meu-consolo..pudera!; e Omin-funfun (que significa “água-branca” em iorubá).
Já em Sergipe, lembre-se que ela se chamará:
·         Porongo; Sinhazinha ou Santinha, esta em dúvido!!!
Pernambuco a batiza de:
·         Fruta, Imaculada que “Deus o diga”; Lindinha; Maçaranduba; Moça Branca e Patrícia, pobres dessas moças...;
Na Paraíba ela se apresenta com os seguintes nomes:
·         Sumo de cana, aí eu concordo!; e Suor de Alambique, não é para menos!!!;
Ceará ela é representada com os seguintes codinomes:
·         Azulina; Bagaceira, esta já é muito conhecida por nós e pelos nossos patrícios do outro lado do oceano; e Baronesa;
No Rio Grande do Norte peça por:
·         Campestre ou Cauim!
Agora se ficou muito confuso lembrar todos esses pseudônimos para pedir este maravilhoso néctar genuinamente brasileiro... Peça simplesmente: Cachaça!
Que é da boa!!!

Aprecie com Moderação e Responsabilidade!!!

Por Eire Rosado
Referência Bibliográfica:
Livro: Coco,comida, cultura e patrimônio
Raul Lody 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O QUE TE DIZ ESTE FORMATO?


CROISSANT em francês quer dizer: Crescente!

Foto: Carol Gherardi / Photo On a Plate

Sim este formato se parece muito com a lua crescente, mas o que realmente sabemos sobre ele?

O croissant é feito de uma massa que é acrescido de fermento, passa por várias dobras até incorporar a manteiga por completo.
Existem versões em que a manteiga é substituída por margarina, deixando a massa mais pesada, fazendo com que se pareça com um pão. Já a versão mais afrancesada onde a manteiga é usada de forma mais coerente, tornando esta massa mais rica, ou seja, mais “amanteigado”.
Tanto a qualidade da manteiga quanto a qualidade da farinha, que tanto os franceses prezam, é fundamental para que o resultado se torne tão surpreendente a primeira mordida. Por isso sua textura externa é tão crocante e por dentro ele preserva uma maciez inigualável. Por ser tão tenro, quase se desmancha em nossas bocas, E neste caso vale a pena pronunciar “Croissant au beurre”!
Esta maravilha criada por mãos hábeis de padeiros ao redor do mundo atualmente, é  encontrá-lo com recheios tanto salgados quanto doces. Sendo o recheio de amêndoas o mais clássicos entre os doces. Já os salgados variam tanto com recheios de queijo, espinafre ou presunto.
Na França é imprescindível no café da manhã.
O que talvez não saibamos é que há controvérsias quanto ao seu surgimento. Uns dizem ter nascido na França, isso já o sabemos, outros afirmam que sua criação surgiu através de mãos de padeiros de Budapeste, ainda no século XVII. Já outras línguas dizem que ele surgiu em uma batalha onde a Turquia armou contra os austríacos uma emboscada, onde os turcos iriam atingir os adversários, e isso ocorreu debaixo de uma base do acampamento onde se situava a cozinha. Moral da estória, os padeiros austríacos descobriram o plano e soaram o alarme fazendo com que os turcos marchassem para a derrota. O prêmio desses soldados “padeiros” foi o de receberem o privilégio de criar uma pastelaria no formato que desejassem, então os estes vencedores, resolveram criar uma iguaria com formato de uma meia lua, igual a da bandeira turca.
Guerras, desavenças à parte...o que importa é que hoje podemos nos deliciar com este privilégio que é saborear um verdadeiro croissant.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Envelhecimento

Google Images

A grande maioria dos vinhos são elaborados para serem consumidos ainda jovens, ou seja, no auge de seu aroma frutado e floral, passando por um período menor de amadurecimento e de engarrafamento, estando disponível mais cedo para o mercado.  Porém o amadurecimento e envelhecimento são necessários para que vinhos de maior qualidade e potência se desenvolvam gradativamente, preparando-se para o consumo.
O uso de barricas é de grande utilidade para que esses vinhos passem antes de serem engarrafados. Onde serão observados por um período que varia de acordo com a orientação do enólogo, podendo durar anos.
Durante esse período, vários são os fenômenos que ocorrem desde o amadurecimento, onde é possível depois de certo período, coletar certas matérias sólidas, e estabilizar o mesmo para ser engarrafado. 
É no envelhecimento que se desenvolvem os aromas terciários, o chamado bouquet ou fase de maturidade, que é uma fase mais ampla.
Para isso a estrutura dos taninos é que dão a longevidade esperada; esses são extraídos durante o processo de maceração e amadurecimento, especialmente na madeira, e ao seu teor de acidez.
Os vinhos que se prezam a um amadurecimento maior e envelhecimento em garrafa possuem elevados teores de taninos, quando jovens.
Porém durante esse período os taninos e os pigmentos de cor, denominados antocianos, se polimerizam, e com isso teremos uma diminuição da adstringência do vinho, que resulta em taninos mais arredondados, e há uma mudança da tonalidade do vinho.
Vinhos mais velhos, ou de guarda, com o tempo vão acontecendo reações de precipitação dentro da garrafa, onde as moléculas de pigmentos aos poucos iram se precipitar formando um depósito no fundo da garrafa, podendo ainda haver resquícios de cristais de tartarato.
Durante o envelhecimento na garrafa, novos aromas e sabores irão se formar, devido ao contato com a madeira anteriormente e de reações que ocorrem na ausência do oxigênio, onde chamamos de reações de redução.
A acidez presente fará com que nesse ambiente pobre em oxigênio favorecerá o desenvolvimento de aromas e sabores de maior complexidade. Sendo assim, esse desenvolvimento adquirido só é possível durante o envelhecimento em garrafa.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SAL


Impossível viver sem, mas em excesso é impossível sobreviver!!!

Google Imagens


A maioria de nós já sabe que ingerir sal em excesso é prejudicial a nossa saúde. Mas por que insistimos em usá-lo de forma indiscriminada? O que ocorre é que ele aguça o nosso paladar, realçando o sabor dos alimentos.
O que talvez nos falte seja uma visão clara de onde ele se encontra e como podemos diminuir sua ação maléfica sobre nós.
Apesar de usarmos diariamente no preparo dos alimentos, ele muitas vezes já faz parte da composição química dos mesmos. Com isso aumentamos ainda mais sua quantidade quando não prestamos atenção no que iremos ingerir.
Muitos de nós já ouvimos falar que o sódio é essencial para a nossa saúde, porém precisamos estar atentos a sua quantidade, uma vez que ele é usado na indústria alimentícia como forma de conservação dos produtos.
Alguns alimentos o têm em maior quantidade como, por exemplo: os embutidos que se apresentam na forma de linguiças e salsichas. Nos enlatados e envidrados ele faz parte e em grande quantidade.
A água com gás apresenta na sua composição elevada porcentagem, por isso fique atento e opte por água sem gás.    
Mulheres que prezam sua silhueta deveriam ter cuidado redobrado, pois além de reter líquidos, ele desenvolve o aparecimento da “terrível” e “abominável” celulite!!!
Outros problemas evidentes são o aumento da pressão arterial, derrames, e todo tipo de problema cardíaco. Pedras nos rins muitas vezes são decorrentes de seu excesso, sem falar que inchamos de forma a nos tornar irreconhecíveis a nós mesmo na frente de um espelho.
Então aqui segue uma tabela, com ingredientes usados por nós no dia-a-dia que já contém na sua composição o sódio e eles muitas vezes estão crus,  ou seja, ainda nem o temperamos para consumo.
Fique atento e seja feliz!!!!


*O consumo ideal diário de sal de cozinha é de até 6 g, que
 representa 2,4 g de sódio. (Fonte: Folha Uol)



ALIMENTOS E A QUANTIDADE DE SÓDIO
EXISTENTE EM SUA COMPOSIÇÃO




ALIMENTOS
 (100 gramas)


SÓDIO (Na) mg

Camarão Cru

148,0

Carne bovina com pouca gordura - crua

62,06

Coxa de frango - sem pele - crua

86,0

Iogurte desnatado natural

70,2

Leite de vaca desnatado

50,0

Lula - crua

43,53

Merluza - crua

68,0

Ostra - crua

211,0

Ovo de galinha inteiro

126,0

Queijo tipo “Brie”

629,0

Queijo tipo “Cottage” (1% de gordura)

406,0

Queijo tipo mussarela

373,0

Queijo tipo parmesão

1601,0

Salmão - cru

67,0
FONTE: Philippi ( 2002)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Evento Degustar 2012


Trazendo o tema "Brasil e suas descendências".
Por Chef Eire Rosado, Arquitetura Politi & Matteo e Embalagens de Luxo Decor Vison!



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

FETA: O QUEIJO SECULAR DOS GREGOS!


 O queijo feta que há séculos ganhou o paladar dos gregos é caracterizado por um toque a mais de sal. Sua produção tem como melhores exemplares os que são produzidos no campo, mais ao Norte de Atenas. Sendo ele feito a partir de uma coalhada que é prensada, passa por uma cura de de 24 horas e depois disso é levado a amadurecer em um banho de salmoura por cerca de um mês. Daí surgem queijos com sabor forte. Seu queijo é feito de leite tanto de ovelhas como de cabras, ou de ambos em composição, e o mesmo não é pasteurizado.
Embora o queijo feta identifique o povo grego que o usa diariamente na composição de seus pratos, ele também marca presença em outras paragens como Turquia e Búlgaria, que o fazem por longa data, porém a partir do ano de 2005 a Grécia obteve o status de tê-lo como um dos produtos emblemáticos de seu país. Sendo assim ele passou a ser um DOP.
O que caracteriza o paladar deste queijo é sua alta acidez, que não chega a incomodar; sua coloração muito é muito alva, porém sua textura é sólida o suficiente, para se tornar quebradiço, mas mesmo assim não perde sua cremosidade em boca.
Agora compartilho aqui com vocês uma receita típica, saudável como toda dieta mediterrânea, que é de fácil preparo e que agrada todos os paladares. Que tal uma salada tipicamente grega?
Vamos lá



SALADA GREGA

Ingredientes:

·        04 tomates
·        100 gramas de queijo feta
·        50 gramas de azeitonas pretas
·        02 pepinos
·        01 cebola roxa
·        01 pimentão vermelho pequeno
·        01 colherzinha de orégano
·        Sal a gosto
·        Pimenta preta moída na hora a gosto
·        Azeite de oliva
·        Vinagre de vinho branco




Modo de Preparo:

1.     Lave e higienize os legumes.
2.     Pegue os tomates e corte-os em quatro. Deixam-se as cascas e sementes.
3.     Em seguida fatie finamente a cebola roxa, corte toletes de pepino, que também pode ser com casca.
4.     Regue a salada com seu melhor azeite, tempere com sal, pimenta, e os temperos.
5.     Acrescente as azeitonas e Bom Apetite!!!!

Dicas:

ü Esta salada se caracteriza por ser extremamente fresca, tenra, então não poupe na hora da escolha dos ingredientes.

ü A qualidade do azeite irá dizer muito!

ü O mesmo serve para as azeitonas que deverão ser de ótima qualidade.

ü Você poderá temperar a salada com suco de limão.

ü A porcentagem de gordura do queijo feta varia entre 0% a 60%.

Curiosidade:

ü Lá na Grécia as melhores azeitonas e azeites são produzidos na ilha de Creta, e esse “terroir” se chama Kalamata. Então se tiver a oportunidade de ter no rótulo este nome, saiba que esta adquirindo o que há de melhor.

ü E para não passar nervoso na hora de ler um cardápio grego, busque pelo nome:

JORIÁTIKI

Assim você terá certeza de que esta escolhendo uma verdadeira Salada grega!!!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BAUNILHA


Perfume que encanta Sabor que Seduz

Assim é a baunilha!

Para muitos a baunilha não passa de um líquido escuro que mais se parece com um xarope, mas de aroma inconfundível, que colocamos algumas gotinhas na preparação para deixá-la mais perfumada, ou para simplesmente quebrarmos aquele cheiro de ovo, quando este entra na preparação.
Mas a verdadeira baunilha é muito mais diferente do que isso. Para encontrá-la muitas vezes temos que andar um pouco mais e não conseguiremos achá-la com a mesma facilidade do que os famosos vidrinhos com seu líquido marrom escuro.
Para quem não sabe ainda a baunilha é da mesma família das orquídeas. Sim é isso mesmo, e sua flor é belíssima. A planta produz vagens que são colhidas ainda verdes, para evitarem que se abram fazendo assim com que percamos sua essência, ou seja, suas micro sementinhas que são a verdadeira essência da mesma. Depois de colhida ela é posta para secar, adquirindo assim esta cor peculiar, negra e brilhante. Seu aroma é de uma doçura floral
Seu uso é bem abrangente, pois pode ser usada tanto para preparo de doces, quanto de bolos, tortas, gelados em geral e principalmente com o chocolate.
Esta orquidácea é proveniente da América Tropical e chegou a Europa através dos espanhóis. Viva eles que levaram esta iguaria tornando-a tão incrível quanto mágica pelos chefs que já estavam sedentos por inovações gastronômicas. Seu cultivo era até então restrito ao México. E os astecas já a usavam para perfumar seu chocolate, temos que admitir eles já sabiam o que fazer com essa plantinha!!!!
Mas a baunilha é fartamente encontrada na África, principalmente em Madagascar, e no Tahiti. As melhores favas são destinadas à cozinha.
Mas como já devíamos desconfiar esta iguaria têm elevado preço, infelizmente! Perdendo apenas para o açafrão.
Para usá-la é preciso abri-la longitudinalmente, aí você irá descobrir sua essência, suas micro sementinhas para serem retiradas, basta raspar com o auxílio de uma faca. Depois é só misturá-las ao preparo desejado.   Mas você pode e deve incluir a parte mais fibrosa na preparação, pois esta carrega muito sabor também, depois de usá-la é só descartá-la.


DICA: Coloque uma fava dentro de seu açucareiro e terás um belo açúcar vanilado.
  
Bom como não poderia deixar de ter aqui, reservo este espaço para uma
super receita conhecida e apreciada por muitos de nós.
De fácil preparo ela traduz muito bem o uso da baunilha.

Degustem-na sem pudor!!!


CRÈME BRÛLÉE

  
Ingredientes:

  • ·        250 gramas de creme de leite fresco
  • ·        250 ml de leite integral
  • ·        75 gramas de açúcar refinado
  • ·        100 gramas de gemas
  • ·        01 fava de baunilha
  • ·        30 gramas de açúcar cristal



Modo de Preparo:

  1. 1.     Ferver o leite (reservar uma parte do mesmo) juntamente com a fava de baunilha aberta, o creme de leite e metade do açúcar refinado.
  2. 2.     Em uma vasilha à parte bater as gemas com o restante do leite, do açúcar e as gemas. Temperar esta mistura com parte do leite fervente, para que não cozinhe as gemas com isso você irá ter uma quebra de temperatura. Retorne ao fogo baixo esta mistura e mexa sempre até que cozinhe, engrossando a mesma. O ponto deverá ser de um creme leve.
  3. 3.     Despeje esta mistura em formas refratárias adequadas para este tipo de sobremesa e leve para assar por aproximadamente 1 hora em banho-maria 115 graus C. Retire do forno, deixe esfriar e leve para gelar.
  4. 4.     Depois de gelado a consistência irá engrossar, polvilhe com o açúcar cristal(textura mais grossa) e caramelize queimando este açúcar com o auxílio de um maçarico ou numa salamandra ou no grill do forno já aquecido.


·        A cobertura deverá ficar craquelada, quebradiça e o creme deverá estar gelado em baixo. 


quinta-feira, 28 de junho de 2012

SEJA CRIATIVO!




A escola conta com uma cozinha gourmet que estará disponível para locação, onde você poderá desenvolver sua criatividade, pilotando seu fogão e mostrando o que vem aprendendo. Você poderá receber seus convidados com toda a infraestrutura da escola.

Isso tudo para tornar seu evento inesquecível!
 
Eventos corporativos são organizados no local, onde oferecemos coquetéis e jantares para pequenos grupos de convidados.
Disponibilizamos multimídia para apresentações.
Faça seu evento corporativo conosco e desfrute de um momento único!!!
 

Escola de Culinária Eire Rosado Enogastronomia
Rua Francisca Júlia, 588 São Paulo – SP
Fone (11) 2281.7331

segunda-feira, 25 de junho de 2012

INFÂNCIA & GOSTO




“...Comida começa com mãe, e nosso relacionamento com a comida e com a mãe permanece estratégico, percorrendo o leque do gosto, do desgosto, do apetite, da náusea, da falta de apetite, e da velha e boa culpa. “Somos o que comemos”, diz o provérbio, mas é só meia verdade.

De algum modo continuamos com fome mesmo depois de saciados, porque a comida é um gatilho emocional para nos lembrarmos de coisas há muito esquecidas, presas na memória.
"Os vícios e preconceitos começam na infância. O que gostamos e o que não gostamos. E aquele desejo que nos consome e que nunca superamos...”
Edna O’Brien
Se analisarmos este trecho da autora Edna O’Brien, veremos que há no berço o conforto e o desconforto do ato de comer. Preferências, preconceitos, exageros, etc, nascem muitas vezes dentro de casa.
Qual é a fórmula adequada para nos alimentarmos nos tempos de hoje sem deixarmos de nos tornar vítimas de nós mesmos?
Inúmeros são os distúrbios decorrentes da falta ou do excesso de alimentos.
Mas que apesar de tudo não conseguimos viver sem ele.
Quantas vezes nos questionamos de como comer? Quanto comer? De que jeito comer?
A verdade é que apesar de todas essas dúvidas e dos bombardeios diários que nos atacam quando o assunto é alimentar-se, nos tornamos escravos de dietas, exageros causados pela estética pouco estética, das influências alheias, da nossa falta de capacidade de escolha. Fazendo com nos tornemos ávidos por satisfações momentâneas e vazias, pois a vida a cada minuto se torna mais rápida, não deixando com que façamos escolhas corretas e acessíveis ao gosto, e sim ao ato simplesmente mecânico do “comer”.
Que prazeres deixamos de usufruir quando não percebemos o que ingerimos? Quanta rapidez para apreciar o que nos alimenta? Com que frequência precisamos nos abastecer diariamente para sentirmos realmente satisfeitos? Quanto ouvimos nossas necessidades de consumo, ou simplesmente deglutimos tudo o que vem pela frente como uma carência para suprirmos nossas fraquezas???
Como o alimento é visto hoje dentro dos lares cada vez mais solitários? Onde a mãe com sua força de nutrir, proteger, já não consegue controlar o que seus filhos comem, gerando cada vez mais problemas com a saúde física e mental principalmente das crianças, que quando conseguem olhar para seus pais só vem exemplos de incertezas perante a comida.
O que estamos realmente aprendendo para nos salvar desse contraste que nos colocando a frente de nossos olhos mesmo quando estamos sentados à mesa? Conseguimos realmente ver o que comemos? Ou apenas nos declaramos omissos de que o que vivemos hoje é um verdadeiro colapso de excessos causados pelos alimentos.
O Brasil vem aumentando rapidamente seu peso perante a balança, e os que mais sofrem são as crianças que na falta de opção, discernimento conduzem cada vez mais uma alimentação pobre em nutrientes que realmente fazem bem, gerando super pesos pesados já na flor da idade. Enchemo-nos de “coisas” cada vez mais vazias, tornando nossas vidas cada vez mais problemáticas, ricas em depressões, frustrações, incertezas que estão diretamente associadas ao alimento que consumimos.
Até quando conseguiremos aguentar o peso de nossas escolhas, que só fazem com que aceleremos problemas de saúde, auto-estima e segurança emocional?
Quando se gasta atualmente em saúde, médicos especialistas, planos de saúde, remédios, dietas, que não resolvem absolutamente nada?
Qual o preço que pagamos por este desconforto?
É possível se amar quando estamos com dificuldade para se relacionar porque cada vez mais a sociedade exclui os que não estão de acordo com as normas estéticas?
Como resolver isto, quando moramos em grandes cidades que nos sugam e deixam cada vez menos tempo para deliciarmos com um bom prato de comida, assim quentinho, saboroso e que nos faz vir a memória tempos felizes!
Mas ao contrário da agitação da vida modernos nos deparamos com realidades opostas onde o sossego de pequenas cidades onde o tempo parece não passar, e que mesmo assim nos distanciam da cozinha. Cozinha que é local de ideias, preparos, reparos, lugar comum. Lugar que aproxima, que esquenta a lama, o corpo e o coração, pois quem não aprecia um sopinha feita assim, de forma bem simples naqueles dias frios? Ou aquela mesa lotada com conversas que se cruzam, se entrelaçam e que compartilham do melhor dos momentos. Momento de confraternizar, compartilhar, saborear companhias, relacionamentos, brindarmos.
Qual a família que não se recorda dessas reuniões onde todos mostram seus dotes culinários, trocam receitas, experiências, segredos que a vida ensina em volta de um fogão.
Qual a herança que deixaremos para nossos filhos e netos dessa alegria que só quem se compromete com o outro consegue dar?
Encerro este texto dedicando melhores escolhas, mais consciência, e que possamos aproveitar mais os alimentos sem culpa e exageros, mas sim com PRAZER!

Viva a boa comida, comida de verdade!
  
Por Eire Rosado

segunda-feira, 18 de junho de 2012

BRUNCH


Afinal o que é um Brunch?

Palavra cada vez mais comum entre as pessoas que querem recepcionar,
sair para apreciar a companhia de amigos, familiares e de quebra degustar de um delicioso Brunch!
A palavra Brunch surgiu na Inglaterra como uma forma de café da manhã atrasado, ou seja, nem café da manhã, nem almoço. Com isso possibilitou com que geralmente nos finais de semana quando nos tardamos na cama, e ficamos com aquela preguiça de encararmos a cozinha, pudéssemos conciliar a falta de café e suprir nosso dia com um almoço. Sendo assim a prática ganhou cada vez mais adeptos que como uma forma elegante de comemorar algo e receber os amigos pudessem apreciar iguarias que remetessem ao um desjejum complementado com tantas possiblidades gastronômicas, que harmonizem entre si, criando alternativas gustativas para vários gostos.
Por isso o tipo de serviço proposto geralmente é apresentado na forma de bufê, facilitando assim o acesso dos comensais, fazendo com que a formalidade dê lugar à descontração.
Como opção desta grande mesa, entram tantos pratos quanto possíveis, indo desde os frios, aos pratos quentes, frutas variadas, verduras, legumes, ovos apresentados de várias maneiras, sanduíches, saladas sim, e porque não?
Garrafas de água e águas aromatizadas são um verdadeiro charme, nesta composição. Sucos variados compõem outras possibilidades, bem como a introdução de bebidas alcóolicas. Sim estas podem fazer bonito neste momento, lembrando que excessos não caem bem, por isso uma garrafa de um bom espumante na temperatura certa faz bonito, agrada e harmoniza muito bem com todo o cardápio oferecido.
Aqui no Brasil esta pratica de sair para desfrutar de um bom brunch, ainda é restrita a poucos lugares que apostam nesta maneira diferente de começar o dia em ótima companhia e com muitas opções saborosas a nosso dispor. Mas você já pensou em estar oferecendo um brunch em sua própria casa em uma data especial?
E por que não? A idéia agradará a todos com certeza, o serviço é prático, pois você precisará de apenas algumas pessoas para montar estas travessas, pratos com as delícias que você poderá compor ou encomendar.  A variedade de comidinhas fica por conta do anfitrião, leve apenas em conta se entre seus convidados não existe alguém com alguma restrição alimentar, cabendo à convidada a preocupação de providenciar algo para que este saia satisfeito.
Materiais descartáveis são bem vindos, facilitando assim o pós-evento. Hoje contamos com inúmeros estilos de pratos, talheres, guardanapos que embelezam esta mesa, compondo uma atmosfera de acordo com o momento a ser realizado, ou seja, se quiser deixar este brunch temático, você poderá optar por descartáveis que ilustrem o tema proposto.

E que tal uma receita que encanta e deixará sua mesa mais apetitosa,
sem falar na praticidade do modo de fazê-la?

Madeleines, ou se preferir, “apetitosas conchas da confeitaria”,
imortalizadas por Marcel Proust. Criadas na região de Lorraine na França.



 MADELEINES

Ingredientes:

·        02 ovos inteiros
·        120 gramas de açúcar refinado
·        100 gramas de farinha de trigo
·        03 gramas de fermento químico
·        Raspas de ½ limão
·        05 ml de essência de baunilha
·        100 gramas de manteiga sem sal
·        30 gramas de manteiga para untar
·        30 gramas de farinha para polvilhar
 Modo de Preparo:

1.     Aqueçar o forno a 200ºC.
2.     Em um bowl peneire a farinha e o fermento. Reserve.
3.     Derreta a manteiga e deixe esfriar. Reserve.
4.     Misture os ovos e o açúcar com um batedor de arame.
5.     Aos poucos junte a mistura de farinha e o fermento alternadamente com a manteiga derretida.
6.     Junte as raspas de limão e por último a baunilha.
7.     Unte uma fôrma própria para madeleines com manteiga e polvilhar farinha de trigo.
8.     Complete a fôrma com a massa, apenas ¾ da sua capacidade.
9.     Cozinhe a 200ºC por 5 minutos e então abaixe a temperatura do forno para 180ºC e termine de cozinhar por mais 10 minutos.
10.Retire do forno, desenforme e deixe resfriar sobre uma grelha.

Variações de Madeleines:
·        Raspas de limão; Chocolate; Gianduia; Laranja com sementes de papoula.

Por Eire Rosado

segunda-feira, 11 de junho de 2012

WAFFLE


Delícia que pode ser apreciada a qualquer hora, esse é o famoso waffle. O que talvez não saibamos é de sua verdadeira origem!

O waffle que também é conhecido pelo nome de “gauffres” é a mais conhecida produção culinária procedente da Bélgica. Sim a Bélgica tem um grande representante que nasceu na cidade de Liège, sendo este chamado de Waffle de Liège, apesar de que a vizinha Bruxelas tem seu representante também. A diferença é que o de Bruxelas tem o formato retangular, onde a massa passa por um processo de fermentação, e logo em seguida este é cozido em uma chapa especial muito quente. Sua cobertura varia desde morangos, calda de chocolate ou simplesmente açúcar de confeiteiro polvilhado na superfície.
A diferença do waffle de Liège é que estes são menores que os de Bruxelas, e seu formato é mais arredondado, sua massa não leva fermento. Lá em Liège os waffles fazem parte do cotidiano das pessoas, sendo este servido nas ruas, como que em tabuleiros! Lojas especializadas não o dispensam do cardápio. Seu consumo pode ser feito andando pelas ruas a pé, onde apenas são embrulhados em um papel.
Mas o waffle viajou, atravessando o Atlântico e foi parar na terra do Tio Sam, onde se tornou de imediato uma das iguarias mais apreciadas no café da manhã americano. Nestas paragens ele é conhecido simplesmente pelo nome de “panqueca americana”!
Já lá na Bélgica o waffle continua sendo um lanche que pode ser consumido a qualquer hora do dia.
Atualmente existem máquinas elétricas que dão a esta iguaria o formato de uma massa cheia de favos, sua cobertura se tornou tão variada, podendo ser consumido simplesmente sozinho.
E para acabar com essa tortura, que tal uma receita dessa maravilha, onde misturamos os estilos tanto de Liège quanto de Bruxelas, ou seja, vamos fazê-lo arredondado, e incluiremos fermento em sua massa.
Vale a pena ressaltar que a massa pode ser guardada sobre refrigeração por alguns dias, não perdendo suas características gustativas e de textura na hora de fazê-lo.
Então vamos lá!


 Foto: Carol Gherardi

WAFFLE

Ingredientes:
  • 140 gramas de farinha de trigo
  • 10 gramas de fermento em pó
  • 15 gramas de manteiga integral sem sal derretida
  •  05 gramas de sal refinado
  • 20 gramas de açúcar refinado
  •  01 ovo tipo extra
  • 250 ml de leite integral
  •   30 gramas de maple syrup ou mel


Modo de Preparo:

  1.  Misture os ingredientes secos em uma vasilha e os líquidos em outra.
  2. Adicione os líquidos aos secos, incorporando levemente.
  3.  Bata a clara em picos leves e adicione a mistura somente no final, antes de assar. Misture delicadamente com a ajuda de uma espátula.
  4.  Deixe a massa descansar por 5 minutos.
  5. Pegue uma concha e encha com esta massa e leve para assar em um waffle iron.
  6. A massa deverá ficar bem espessa e dourada.
  7.  Retire da fôrma aquecida e sirva com maple syrup ou mel.


DICA:
  • Outras coberturas são bem vindas, por exemplo, você poderá estar colocando uma boa colherada de uma geleia de sua preferência, ou regue com uma calda quente de chocolate.


CURIOSIDADE: 

  • Para quem não sabem o “maple syrup”, é um xarope natural obtido da seiva do bordo, que é uma árvore nativa do Canadá e EUA. Esta seiva passa por um processo de fermentação, tornando-se neste maravilhoso xarope.


Então esta esperando o quê?
Vamos por a mão na massa!
Por Eire Rosado