quinta-feira, 28 de junho de 2012

SEJA CRIATIVO!




A escola conta com uma cozinha gourmet que estará disponível para locação, onde você poderá desenvolver sua criatividade, pilotando seu fogão e mostrando o que vem aprendendo. Você poderá receber seus convidados com toda a infraestrutura da escola.

Isso tudo para tornar seu evento inesquecível!
 
Eventos corporativos são organizados no local, onde oferecemos coquetéis e jantares para pequenos grupos de convidados.
Disponibilizamos multimídia para apresentações.
Faça seu evento corporativo conosco e desfrute de um momento único!!!
 

Escola de Culinária Eire Rosado Enogastronomia
Rua Francisca Júlia, 588 São Paulo – SP
Fone (11) 2281.7331

segunda-feira, 25 de junho de 2012

INFÂNCIA & GOSTO




“...Comida começa com mãe, e nosso relacionamento com a comida e com a mãe permanece estratégico, percorrendo o leque do gosto, do desgosto, do apetite, da náusea, da falta de apetite, e da velha e boa culpa. “Somos o que comemos”, diz o provérbio, mas é só meia verdade.

De algum modo continuamos com fome mesmo depois de saciados, porque a comida é um gatilho emocional para nos lembrarmos de coisas há muito esquecidas, presas na memória.
"Os vícios e preconceitos começam na infância. O que gostamos e o que não gostamos. E aquele desejo que nos consome e que nunca superamos...”
Edna O’Brien
Se analisarmos este trecho da autora Edna O’Brien, veremos que há no berço o conforto e o desconforto do ato de comer. Preferências, preconceitos, exageros, etc, nascem muitas vezes dentro de casa.
Qual é a fórmula adequada para nos alimentarmos nos tempos de hoje sem deixarmos de nos tornar vítimas de nós mesmos?
Inúmeros são os distúrbios decorrentes da falta ou do excesso de alimentos.
Mas que apesar de tudo não conseguimos viver sem ele.
Quantas vezes nos questionamos de como comer? Quanto comer? De que jeito comer?
A verdade é que apesar de todas essas dúvidas e dos bombardeios diários que nos atacam quando o assunto é alimentar-se, nos tornamos escravos de dietas, exageros causados pela estética pouco estética, das influências alheias, da nossa falta de capacidade de escolha. Fazendo com nos tornemos ávidos por satisfações momentâneas e vazias, pois a vida a cada minuto se torna mais rápida, não deixando com que façamos escolhas corretas e acessíveis ao gosto, e sim ao ato simplesmente mecânico do “comer”.
Que prazeres deixamos de usufruir quando não percebemos o que ingerimos? Quanta rapidez para apreciar o que nos alimenta? Com que frequência precisamos nos abastecer diariamente para sentirmos realmente satisfeitos? Quanto ouvimos nossas necessidades de consumo, ou simplesmente deglutimos tudo o que vem pela frente como uma carência para suprirmos nossas fraquezas???
Como o alimento é visto hoje dentro dos lares cada vez mais solitários? Onde a mãe com sua força de nutrir, proteger, já não consegue controlar o que seus filhos comem, gerando cada vez mais problemas com a saúde física e mental principalmente das crianças, que quando conseguem olhar para seus pais só vem exemplos de incertezas perante a comida.
O que estamos realmente aprendendo para nos salvar desse contraste que nos colocando a frente de nossos olhos mesmo quando estamos sentados à mesa? Conseguimos realmente ver o que comemos? Ou apenas nos declaramos omissos de que o que vivemos hoje é um verdadeiro colapso de excessos causados pelos alimentos.
O Brasil vem aumentando rapidamente seu peso perante a balança, e os que mais sofrem são as crianças que na falta de opção, discernimento conduzem cada vez mais uma alimentação pobre em nutrientes que realmente fazem bem, gerando super pesos pesados já na flor da idade. Enchemo-nos de “coisas” cada vez mais vazias, tornando nossas vidas cada vez mais problemáticas, ricas em depressões, frustrações, incertezas que estão diretamente associadas ao alimento que consumimos.
Até quando conseguiremos aguentar o peso de nossas escolhas, que só fazem com que aceleremos problemas de saúde, auto-estima e segurança emocional?
Quando se gasta atualmente em saúde, médicos especialistas, planos de saúde, remédios, dietas, que não resolvem absolutamente nada?
Qual o preço que pagamos por este desconforto?
É possível se amar quando estamos com dificuldade para se relacionar porque cada vez mais a sociedade exclui os que não estão de acordo com as normas estéticas?
Como resolver isto, quando moramos em grandes cidades que nos sugam e deixam cada vez menos tempo para deliciarmos com um bom prato de comida, assim quentinho, saboroso e que nos faz vir a memória tempos felizes!
Mas ao contrário da agitação da vida modernos nos deparamos com realidades opostas onde o sossego de pequenas cidades onde o tempo parece não passar, e que mesmo assim nos distanciam da cozinha. Cozinha que é local de ideias, preparos, reparos, lugar comum. Lugar que aproxima, que esquenta a lama, o corpo e o coração, pois quem não aprecia um sopinha feita assim, de forma bem simples naqueles dias frios? Ou aquela mesa lotada com conversas que se cruzam, se entrelaçam e que compartilham do melhor dos momentos. Momento de confraternizar, compartilhar, saborear companhias, relacionamentos, brindarmos.
Qual a família que não se recorda dessas reuniões onde todos mostram seus dotes culinários, trocam receitas, experiências, segredos que a vida ensina em volta de um fogão.
Qual a herança que deixaremos para nossos filhos e netos dessa alegria que só quem se compromete com o outro consegue dar?
Encerro este texto dedicando melhores escolhas, mais consciência, e que possamos aproveitar mais os alimentos sem culpa e exageros, mas sim com PRAZER!

Viva a boa comida, comida de verdade!
  
Por Eire Rosado

segunda-feira, 18 de junho de 2012

BRUNCH


Afinal o que é um Brunch?

Palavra cada vez mais comum entre as pessoas que querem recepcionar,
sair para apreciar a companhia de amigos, familiares e de quebra degustar de um delicioso Brunch!
A palavra Brunch surgiu na Inglaterra como uma forma de café da manhã atrasado, ou seja, nem café da manhã, nem almoço. Com isso possibilitou com que geralmente nos finais de semana quando nos tardamos na cama, e ficamos com aquela preguiça de encararmos a cozinha, pudéssemos conciliar a falta de café e suprir nosso dia com um almoço. Sendo assim a prática ganhou cada vez mais adeptos que como uma forma elegante de comemorar algo e receber os amigos pudessem apreciar iguarias que remetessem ao um desjejum complementado com tantas possiblidades gastronômicas, que harmonizem entre si, criando alternativas gustativas para vários gostos.
Por isso o tipo de serviço proposto geralmente é apresentado na forma de bufê, facilitando assim o acesso dos comensais, fazendo com que a formalidade dê lugar à descontração.
Como opção desta grande mesa, entram tantos pratos quanto possíveis, indo desde os frios, aos pratos quentes, frutas variadas, verduras, legumes, ovos apresentados de várias maneiras, sanduíches, saladas sim, e porque não?
Garrafas de água e águas aromatizadas são um verdadeiro charme, nesta composição. Sucos variados compõem outras possibilidades, bem como a introdução de bebidas alcóolicas. Sim estas podem fazer bonito neste momento, lembrando que excessos não caem bem, por isso uma garrafa de um bom espumante na temperatura certa faz bonito, agrada e harmoniza muito bem com todo o cardápio oferecido.
Aqui no Brasil esta pratica de sair para desfrutar de um bom brunch, ainda é restrita a poucos lugares que apostam nesta maneira diferente de começar o dia em ótima companhia e com muitas opções saborosas a nosso dispor. Mas você já pensou em estar oferecendo um brunch em sua própria casa em uma data especial?
E por que não? A idéia agradará a todos com certeza, o serviço é prático, pois você precisará de apenas algumas pessoas para montar estas travessas, pratos com as delícias que você poderá compor ou encomendar.  A variedade de comidinhas fica por conta do anfitrião, leve apenas em conta se entre seus convidados não existe alguém com alguma restrição alimentar, cabendo à convidada a preocupação de providenciar algo para que este saia satisfeito.
Materiais descartáveis são bem vindos, facilitando assim o pós-evento. Hoje contamos com inúmeros estilos de pratos, talheres, guardanapos que embelezam esta mesa, compondo uma atmosfera de acordo com o momento a ser realizado, ou seja, se quiser deixar este brunch temático, você poderá optar por descartáveis que ilustrem o tema proposto.

E que tal uma receita que encanta e deixará sua mesa mais apetitosa,
sem falar na praticidade do modo de fazê-la?

Madeleines, ou se preferir, “apetitosas conchas da confeitaria”,
imortalizadas por Marcel Proust. Criadas na região de Lorraine na França.



 MADELEINES

Ingredientes:

·        02 ovos inteiros
·        120 gramas de açúcar refinado
·        100 gramas de farinha de trigo
·        03 gramas de fermento químico
·        Raspas de ½ limão
·        05 ml de essência de baunilha
·        100 gramas de manteiga sem sal
·        30 gramas de manteiga para untar
·        30 gramas de farinha para polvilhar
 Modo de Preparo:

1.     Aqueçar o forno a 200ºC.
2.     Em um bowl peneire a farinha e o fermento. Reserve.
3.     Derreta a manteiga e deixe esfriar. Reserve.
4.     Misture os ovos e o açúcar com um batedor de arame.
5.     Aos poucos junte a mistura de farinha e o fermento alternadamente com a manteiga derretida.
6.     Junte as raspas de limão e por último a baunilha.
7.     Unte uma fôrma própria para madeleines com manteiga e polvilhar farinha de trigo.
8.     Complete a fôrma com a massa, apenas ¾ da sua capacidade.
9.     Cozinhe a 200ºC por 5 minutos e então abaixe a temperatura do forno para 180ºC e termine de cozinhar por mais 10 minutos.
10.Retire do forno, desenforme e deixe resfriar sobre uma grelha.

Variações de Madeleines:
·        Raspas de limão; Chocolate; Gianduia; Laranja com sementes de papoula.

Por Eire Rosado

segunda-feira, 11 de junho de 2012

WAFFLE


Delícia que pode ser apreciada a qualquer hora, esse é o famoso waffle. O que talvez não saibamos é de sua verdadeira origem!

O waffle que também é conhecido pelo nome de “gauffres” é a mais conhecida produção culinária procedente da Bélgica. Sim a Bélgica tem um grande representante que nasceu na cidade de Liège, sendo este chamado de Waffle de Liège, apesar de que a vizinha Bruxelas tem seu representante também. A diferença é que o de Bruxelas tem o formato retangular, onde a massa passa por um processo de fermentação, e logo em seguida este é cozido em uma chapa especial muito quente. Sua cobertura varia desde morangos, calda de chocolate ou simplesmente açúcar de confeiteiro polvilhado na superfície.
A diferença do waffle de Liège é que estes são menores que os de Bruxelas, e seu formato é mais arredondado, sua massa não leva fermento. Lá em Liège os waffles fazem parte do cotidiano das pessoas, sendo este servido nas ruas, como que em tabuleiros! Lojas especializadas não o dispensam do cardápio. Seu consumo pode ser feito andando pelas ruas a pé, onde apenas são embrulhados em um papel.
Mas o waffle viajou, atravessando o Atlântico e foi parar na terra do Tio Sam, onde se tornou de imediato uma das iguarias mais apreciadas no café da manhã americano. Nestas paragens ele é conhecido simplesmente pelo nome de “panqueca americana”!
Já lá na Bélgica o waffle continua sendo um lanche que pode ser consumido a qualquer hora do dia.
Atualmente existem máquinas elétricas que dão a esta iguaria o formato de uma massa cheia de favos, sua cobertura se tornou tão variada, podendo ser consumido simplesmente sozinho.
E para acabar com essa tortura, que tal uma receita dessa maravilha, onde misturamos os estilos tanto de Liège quanto de Bruxelas, ou seja, vamos fazê-lo arredondado, e incluiremos fermento em sua massa.
Vale a pena ressaltar que a massa pode ser guardada sobre refrigeração por alguns dias, não perdendo suas características gustativas e de textura na hora de fazê-lo.
Então vamos lá!


 Foto: Carol Gherardi

WAFFLE

Ingredientes:
  • 140 gramas de farinha de trigo
  • 10 gramas de fermento em pó
  • 15 gramas de manteiga integral sem sal derretida
  •  05 gramas de sal refinado
  • 20 gramas de açúcar refinado
  •  01 ovo tipo extra
  • 250 ml de leite integral
  •   30 gramas de maple syrup ou mel


Modo de Preparo:

  1.  Misture os ingredientes secos em uma vasilha e os líquidos em outra.
  2. Adicione os líquidos aos secos, incorporando levemente.
  3.  Bata a clara em picos leves e adicione a mistura somente no final, antes de assar. Misture delicadamente com a ajuda de uma espátula.
  4.  Deixe a massa descansar por 5 minutos.
  5. Pegue uma concha e encha com esta massa e leve para assar em um waffle iron.
  6. A massa deverá ficar bem espessa e dourada.
  7.  Retire da fôrma aquecida e sirva com maple syrup ou mel.


DICA:
  • Outras coberturas são bem vindas, por exemplo, você poderá estar colocando uma boa colherada de uma geleia de sua preferência, ou regue com uma calda quente de chocolate.


CURIOSIDADE: 

  • Para quem não sabem o “maple syrup”, é um xarope natural obtido da seiva do bordo, que é uma árvore nativa do Canadá e EUA. Esta seiva passa por um processo de fermentação, tornando-se neste maravilhoso xarope.


Então esta esperando o quê?
Vamos por a mão na massa!
Por Eire Rosado

segunda-feira, 4 de junho de 2012

BATATA


Sempre é bem vinda!!!

De todos os ingredientes mais usados diariamente na cozinha, a Batata se destaca de longe por ser tão versátil. Simplesmente cozida na água onde acrescentasse somente o sal, é muito solicitada quando estamos doentes. Na forma de purê onde entra aquela “gordurinha”, ela se torna  unânime, não há quem não aprecie, principalmente quando vem acompanhando uma  proteína, que  pode ser tanto um bom filé de peixe, um belo pedaço de carne, ou qualquer parte de um porquinho...
Quando a cortamos em palitos, toletes, em lâminas muito finas e são fritas em óleo quente. Não há quem resista!!!
Assada é verdadeiro deleite, sua textura muda completamente, sua casca a recobre emprestando um gostinho extra, e é claro, podemos comer sim sua casca. E porque não?
A batata originou-se na América e hoje ela é uma cidadã do mundo. Muito mal vista pelos franceses num passado distante, hoje ela é musa inspiradora!
Agora eu pergunto. Nós realmente sabemos sobre ela???
Sabemos quantos tipos dispomos aqui no Brasil? Qual o melhor uso para cada tipo encontrada nas feiras e supermercados?
Vamos lá então entender quais são suas identidades e como elas se comportam da melhor maneira possível.
Então vamos lá falar de suas variedades e características principais.
A variedade Bintje tem como característica uma forma alongada e sua polpa apresenta uma coloração amarelo-clara. Já a Atlantic apresenta forma mais arredondada e sua polpa é bem branquinha.
A Monalisa talvez a mais conhecida e usada no dia-a-dia tem uma forma mais ovalada, e seu corpo é alongado. Sua polpa é amarelo-clara. Outra variedade menos comum é a Araucária que possui forma alongada e sua polpa é bem mais amarela do que as outras. A Mondial também alongada possui polpa amarelo-clara. A famosa Asterix apresenta forma oval e alongada e sua polpa é amarelo-clara. Elvira é alongada e seu interior é bem amarelo. A Baraka também muito conhecida e que se encontra com grande facilidade, é oval com polpa e casca de cor amarelo-clara.
Agora o que não sabemos para usá-la da melhor maneira possível, é que apesar desses nomes todos alguns bem conhecidos outros nem tanto, é que elas se predispõem melhor para certas cocções de acordo com: sua cor de casca e polpa. Sim isto pode dizer muito sobre sua personalidade, pois as de casca e cor branca se prezam melhor para purês. Já as de casca rosada e polpa de coloração creme são ideais para assar ou para serem servidas cozidas. Não  esqueçamos das batatas doces, que podem ter a casca cor rosada ou branca, estas são muito apreciadas na confecção de doces, principalmente na época de festas juninas.
As batatas de polpa branca também são chamadas de farinhosas, pois apresentam menos umidade. São riquíssimas em amido e quando fritas adquirem com grande facilidade a cor dourada. Porém as de cor amarelada na sua polpa apresenta muito mais umidade e são ideias para serem cozidas ou simplesmente assadas.
Falamos, falamos e que tal encerrarmos esta matéria com uma super- receita que deixa a gente com água na boca e nosso apetite aguçado? Vamos lá, é muito simples e fácil de fazer. Anote!

Foto: Carol Gherardi

BATATAS ASSADAS COM MANTEIGA COMPOSTA


Ingredientes para a Batata
  •        03 batatas Asterix de tamanho grande, com casca
  •         Papel alumínio

Ingredientes para a Manteiga
  •  125 gramas de manteiga integral sem sal e em ponto de pomada
  • 15 gramas de salsa fresca micro picada
  • 15 ml de suco de limão Tahiti
  •  Pimenta do reino preta moída na hora quanto baste
  • Sal refinado quanto baste

Modo de Preparo:
  •  Deixe a manteiga em temperatura ambiente até que ela fique com a consistência de pomada.
  • Misture a ela a salsa micropicada, junto com o suco de limão, a pimenta e o sal.
  • Embrulhe esta pomada temperada em filme plástico e leve para refrigerar até que volte a consistência original.
  • Lave a batata sem retirar sua casca. Seque e embrulhe-as com papel alumínio.
  • Asse em forno preaquecido a 180 graus C até que estejam macias.
  • Quando as batatas estiverem no ponto, desembrulhe-as e faça uma incisão horizontalmente e coloque pequenos pedaços de manteiga temperada.



Bom Apetite!
E até mais

Por Eire Rosado