segunda-feira, 23 de abril de 2012

VAI UM CAFEZINHO AÍ?

Imagem: Carol Gherardi


Café!!! Hummm quem não gosta!

A indústria do café é algo incrivelmente rico. Cafés para todos os gostos, estilos, frutados, forte, intensos, e aí vai.

Tá difícil escolher ultimamente qual pedir, sem falar que existem restaurantes e cafeterias que oferecem uma gama deles. Carta de café é comum hoje em grande restaurantes, e cada vez cresce mais o número de especialista no assunto, a qual chamamos de “baristas”.

Mas será que realmente sabemos o que queremos tomar?

Lá vai uma lista que esta se tornando comum nos estabelecimentos e pedimos às vezes sem saber exatamente o que será nos servidos. Fique atento para não errar na escolha, e pagar o que não se esperava.

ü Café au Lait – como o próprio nome já diz, se trata de café e leite quentes;

ü Caffè com Leche – aqui o café deve ser expresso e misturado com ele fervido;

ü Caffè com Panna – o café expresso vem incrementado com uma dose de chantilly em cima;

ü Caffè Correto – para os amantes de licores, o café expresso vem “corrigido” com uma dose de licor;

ü Caffè Crema – o nome já diz tudo, café com creme;

ü Caffè Freddo – neste caso o expresso é servido frio num copo e pode vir acompanhado de cubos de gelo;

ü Caffè Latte – expresso combinado com leite fervido e às vezes com bastante espuma;

ü Caffè Lungo – aqui o expresso é farto, ou seja “longo”, servido geralmente em um copo, e pode vir com gelo;

ü Caffè Macchiato – aqui a palavra expressa “marcado”, que nada mais é que um café expresso servido em uma xícara média, e leite com muita espuma em cima;

ü Caffè Mocha – aqui para os amantes de coisas muitos doces o expresso é combinado com melaço de chocolate e leite fervido, e para completar pode ainda ser agregado chantilly e para finalizar cacau em pó; Uau!!!

ü Caffè Ristretto – aqui o expresso esta “concentrado”, a quantidade de grãos ou pó que seria para uma xícara maior servirá para fazer uma bem pequena, portanto muito concentrada e curto;

ü Cappuccino – café expresso, mais leite quente com espuma em cima;

ü Mochaccino – aqui é o verdadeiro cappuccino, feito de leite bem quente e aromatizado com chocolate, ideal para dias frios!

ü Doppio – o expresso aqui se torna duplo, duas doses em uma. Típico de de um paulistano;

ü Expresso – café ricamente concentrado;

ü Grande – pode ser um copo dos grande de café preto; caffè latte ou um cappuccino;

ü Alto – também aqui se repete a referência de um copo grande ou xícara de café preto, caffè latte ou cappuccino;

ü Baixo – aqui só muda o tamanho da porção sendo este uma xícara ou copo de tamanho médio de café preto, caffè latte ou cappuccino.
 

Então já se decidiu? Peça-o e deguste sem moderação!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

FINGER FOOD

Comer com o auxílio dos dedos, é uma Arte!



Depois de tanto tempo tentando entender sobre etiquetas à mesa; correndo sempre riscos para não errar ou fazer feio. Eis que surge uma nova era, a era do “Finger Food” ou se preferir “comer com os dedos”.

Sim, muito se fala sobre este termo americanizado, que soa bacana, diferente, afinal tudo que tem nome estrangeiro, e que seja importado é bem mais bacana, não é mesmo??? Bom para tentar entender sobre como tudo isso funciona, basta utilizar as mãos para pegar no alimento e levá-lo a boca. Com isso renunciamos talheres que outrora já contribuíram enormemente para a estratificação social, ou simplesmente para excluir os que não sabiam se portar à mesa, bem como utilizar toda aquela parafernália de talheres. Concluindo assim sua falta de etiqueta!!! 

Para se ter uma ideia, com o uso do garfo, houve um enorme afastamento dos alimentos, muita teatralização, ofuscando assim os melhores sentidos.
Mas os tempos mudaram e novas ideias surgem a cada dia de como aprender a comer. Comer implica um ato mecânico, e para isso precisamos usar algo como as mãos, dedos e deixar que nosso paladar seja aguçado pelo alimento a ser devorado. Neste sentido os pratos conquistam sua dignidade novamente, pois eles entram em contato diretamente com quem os aprecia algo realmente epidérmico! 

Muitas culturas nunca abandonaram o ato de comer com as mãos, veja a cozinha japonesa, a adorada cozinha indiana, marroquina, etc, fazendo com o que os dedos façam parte dos costumes alimentares. Esta forma de comer aproxima, cria mais intimidade, e pode se tornar até mesmo sagrado. Exemplo disso é a hóstia que é levada a boca apenas com o uso dos dedos.
Comer com a ponta dos dedos é aproximar-se dos alimentos, tocá-los, senti-los, apreciá-los diretamente. Perceber suas texturas, quanto resistente são, se apresentam aspereza, se ao toque se tornam quebradiços, afinal tocar sempre foi um ato humano, e desde pequenos, fazemos grandes esforços para tentar tocar aquilo que chama nossa atenção,  fazendo com que descubramos tantas coisas num primeiro momento.
Mas o que podemos pegar com os dedos? Tudo!!! Cerejas, maçãs, alface, pão, um bom pedaço de carne onde possamos segurar pelo osso e roer até o final, sugando todo seu sumo, deliciando-se!

Quem nunca se agarrou com unhas e dentes a um pedaço de pizza?

Muitos chefs exploram incansavelmente a ideia de apreciar os alimentos primeiramente com as mãos, ao toque. Pierre Gagnaire, Michel Bras, Alain Ducasse, Olivier Roellinger já o fazem há muito tempo. Isso faz com que resgatemos coisas puras, da infância, memórias. Pequenos prazeres.
Finger Food facilita um serviço de buffet, coquetel. Aproxima as pessoas, pois podemos pegar um alimento e sair para  se aproximar de outras pessoas num mesmo espaço, comer em pé, andando em um evento. Comer sem frescura e com muito charme.
Por isso não hesite em tocar o alimento e fazer dele sua inspiração, tocando através dos sentidos sua alma.  

Para saber mais:

ü A invenção do garfo é recente (século 18), antes disso eram usados os dedos, a mão e objetos muito diferentes para auxiliar na hora de comer.  Coisas do passado!

ü Agora para montar um cardápio no estilo “Finger Food” é preciso entender que este deve ter porções menores, diminutas, para auxiliar o comensal. O ideal é que ele seja do tamanho de uma dentada!!! Sim que possa ser colocado de uma única vez a boca. Mas você pode estar fazendo uma montagem tão interessante quanto, apenas utilizando recipientes pequenos, onde o designer rola solto, e podendo ter o auxílio de pequenos talheres, pauzinhos, espetinhos, etc. Então esta esperando o quê?



Por Eire Rosado

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MASSA

Sua origem sempre gerou controvérsias, sendo atribuído o mérito a Marco Polo que em suas andanças teria trazido da China; pois os chineses já consumiam macarrão já no século XX a.C. Mas afrescos encontrados em tumbas muito antigas nas proximidades de Roma mostraram pessoas usando farinha e água para fazerem suas massas. Embora estudos apontem para sua confecção em pedras achatadas, onde eram assadas ao invés de cozidas como consumimos atualmente.  
Existem dois tipos básicos de massas que foram disseminadas para o mundo através dos italianos: a massa fresca ou massa feita à mão como são conhecidas e a massa seca ou industrializadas. Prestando-se a propósitos diferentes.
A massa seca é feita de farinha de trigo durum (durus significa “duro” em latim), sendo alto seu teor de glúten que confere à massa depois de cozida a textura e consistência características. Sendo ideal seu cozimento “ao dente”.
Porém as massas que são produzidas fora da Itália apresentam freqüentemente outros tipos de farinha em sua composição, o que torna às vezes difícil cozinhá-las ao dente.
As massas com suas versões são muito consumidas e apreciadas em diversos países, sendo na Itália onde ocorre seu consumo em larga escala.
Muitas variações surgiram através da introdução de outros ingredientes tais como: farinha de semolina e trigo sarraceno.
A escolha do tipo de molho é fundamental para o sucesso da massa. Por exemplo, massas longas pedem molhos de textura leve, pois este adere melhor à massa, já as massas e tubos curtos pedem molhos mais ricos e com pedaços maiores dos ingredientes, que entram em suas cavidades e podem ser consumidos apenas com o auxílio de um garfo.  


  Foto: Carol Gherardi

MOLHO DE TOMATE ARTESANAL


Ingredientes

·        350 gramas de tomate San Marzano maduro,

sem pele e sem sementes

·        20 ml de azeite extra virgem

·        25 gramas de cebola em cubos pequenos

·        ½ dente de alho picado

·        Manjericão fresco quanto bate

·        Sal refinado quanto baste

·        Pimenta do reino preta moída na hora


Modo de Preparo

1.     Leve para aquecer o azeite, adicione a cebola picada, deixe suar por alguns instantes, em seguida adicione o alho picado e salteie mais um pouco.

2.     Acrescente o tomate picado.

3.     Cozinhe por alguns instantes em fogo lento.

4.     Quando estiver na consistência desejada, ajuste os temperos com sal e pimenta e adicione o manjericão fresco picado. Deixe cozinhar por mais uns instantes para liberar o aroma da erva.


DICA:

ü Caso queira pode estar processando o molho.

ü Se quiser o molho com uma consistência mais líquida, pode estar adicionando 60 ml de suco de tomate comprado pronto.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

CABERNET SAUVIGNON




Quem nunca ouviu falar dessa uva, que jogue a primeira pedra!
Muitos vinhos tintos que degustamos apresentam muitas vezes uma parcela dessa uva em sua composição. Estes vinhos são os chamados “vinhos de corte”. Porque corte?
Corte é quando misturamos duas ou mais uvas para compor uma harmonia para determinado vinho. Quem decide quanto e quais uvas serão adicionadas é o enólogo.
Com o corte podemos imaginar que: se uma determinada safra não foi generosa com alguma uva, esperasse que concertemos a falta de acidez, álcool, ou qualquer outro fator que possa ser compensado com a entrada de uma nova uva nesta “assemblage”, ou mistura.
Por isso irei falar hoje da Cabernet Sauvignon que é tão conhecida e apreciada ao redor do mundo. Esta uva tinta, originária de Bordeaux, que é uma das mais famosas regiões viníferas da França, tem a Cabernet Sauvigon como uma das maiores preciosidades. Sua expressão máxima se dá nesta região, mas saibam que esta uva é tão dinâmica que viajou o mundo e deixou suas raízes por onde passa. E excelentes exemplares são encontrados com facilidade fora da França.
É comum ouvirmos o termo “corte bordalês”, mas o que isto quer dizer relamente?
Corte Bordalês é o termo dado para identificar um vinho que tem em sua composição a mistura de uvas produzidas na região de Bordeaux, e são elas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot e Malbec. Todas uvas tintas.
Mas como é a Cbernet Sauvignon realmente?
Uva que encanta pela estrutura de seus vinhos, podemos até dizer que são vinhos “masculinos”, que apresentam com facilidade aromas e sabores de groselha. Quando o carvalho onde o vinho passou parte de sua vida for novo, pode apresentar um toque de baunilha. Já as provenientes de Bordeaux revelam toques de cedro e madeira, o Novo mundo, ou seja, países que são mais novos na produção de vinhos como (Austrália, Nova Zelandia, Argentina, Chile, Brasil, EUA e África do Sul) onde a Cabernet Sauvignon esta presente pode apresentar aroma de hortelã e até mesmo pimentão verde, isso mesmo, é muito comum sentir esses aromas em vinhos.
É comum também vermos que o rótulo só apresenta a Cabernet Sauvigon, com isso podemos entender que sua porcentagem é muito elevada no corte que predomina, para isso vários países trabalham com uma margem de 85% dessa ou de outras uvas para estar estampada seu nome no rótúlo. O Brasil trabalha na faixa de 75%.
Mas também é possível encontrarmos um vinho feito exclusivamente com uma uva, para esses os chamamaos de “varietal”, ou seja de uma única variedade de uva. Nisso os EUA são mestres em fazer.
Por se tratar de uma uva tinta é preciso estarmos atentos a sua proveniência, ou seja, uvas tintas precisam de mais calor, sol, para amadurecerem seus cachos, por isso desconfie de vinhos com a Cabernet Sauvignon provindos de regiões mais frias, isso pode acarretar falta de amadurecimento e apresentar um vinho mais difícil de ser degustado, devido a falta de tempo e exposição solar, a uva é colhida fora de seu melhor momento, aí é comum aquele aroma de pimentão verde como havíamos falado anteriormente.
Por ser uma uva com uma estrutura única espera-se que o prato que irá acompanhá-la seja parceiro, para isso carnes vermelhas, sobretudo cordeiro e carnes de caças se adaptam muito bem.

Encerro aqui desejando-lhes ótimas aquisições e muitas experiências nesse universo que é magnífico.


Salut!!!